A febre representa uma das queixas mais frequentes entre todos os atendimentos pediátricos, tanto em consultas ambulatoriais como em atendimentos de emergência. São estimados que 20% a 30% das consultas pediátricas têm a febre como sintoma principal.

Se você é mãe de primeira viagem, certamente sentirá angústia se a temperatura do seu bebê subir. Basta notar algo de diferente no estado geral dos filhos para que a mãe leve uma das mãos à testa dos pequenos, meça a temperatura e suspeite da febre.

A primeira coisa que você deve saber é que a febre não é uma doença, é a reação natural do organismo para se defender das infecções. Ou também pode ser provocada pelo calor, excesso de roupa, nascimento dos dentes ou reação à vacina.

A temperatura do corpo humano é ajustada para manter os órgãos internos em torno de 37℃, mas quando o organismo tem de combater algum agente que o agride, como vírus ou bactérias, ele pode liberar substâncias que agem no termostato, o que controla a temperatura corporal através do cérebro, fazendo-o elevar a temperatura do organismo 2℃ ou 3℃ acima do valor habitual.

Como identificá-la?

Como medir a temperatura em crianças e como aceitar as medidas de temperatura realizadas pelos familiares e cuidadores.

• A temperatura retal é considerada a mais próxima da temperatura central, mas não deve ser usada de rotina em crianças menores de 5 anos por ser desconfortável e invasiva. A medida da temperatura oral também deve ser evitada.

• Não se recomenda o uso de termômetros de mercúrio pelo risco de quebra e toxicidade do metal.

• A medida axilar com termômetro digital é recomendada em todas as crianças, mas a medida timpânica usando termômetro infravermelho só é recomendado para maiores de 1 mês.
 

Como cuidar de uma criança no momento da febre?

A febre acelera os batimentos cardíacos, o que provoca maior gasto de energia. Por isso, é importante repouso. Isso não significa que a criança precise passar o dia deitada. Basta não se esforçar em excesso e descansar o máximo que conseguir, além de ficar em um lugar bem arejado, fresquinho, sem excesso de roupas. Quando estamos com febre, o nosso corpo fica mole e temos muita indisposição para realizar qualquer atividade cotidiana, com as crianças não é diferente.  

Para cada elevação de 1℃ na temperatura corporal, o consumo de energia é 12% maior que o habitual. Portanto, alimente-se adequadamente. Faça uma dieta leve, com alimentos de fácil digestão, para que o organismo não gaste muita energia tentando digerir a comida.

Devido ao mal-estar, é comum a criança não ter apetite. Não force! Vá oferecendo suco, água, chá, além de alimentos leves e que ele goste. Isso o manterá hidratado.

Como baixar a febre do bebê?

Erros comuns para o controle da febre:

Só é indicado dar o antitérmico se a criança tiver mais 37,8ºC de febre, porque a febre mais baixa que isso é um mecanismo de defesa do corpo. Caso a criança esteja muito incomodada com a temperatura a 37,5°C, também é indicado usar a medicação. Se abaixo de 37,5°C, o indicado é realizar as medidas não medicamentosas para controlar a temperatura.

Os remédios só devem ser usados sob indicação do médico ou do pediatra e geralmente são indicados antitérmicos como paracetamol, dipirona ou ibuprofeno. O uso do ácido acetilsalicílico não é recomendado pelo risco de Síndrome de Reye. Às vezes pode ser preciso usar mais de uma medicação para baixar a febre, quando nem as medidas medicamentosas associadas resolvem o quadro.

Procure o pediatra imediatamente se:

Se o bebê tiver alguma convulsão, e começar a se debater deve-se manter a calma e deitá-lo de lado, protegendo sua cabeça. Retire a chupeta da boca. E procure avaliação hospitalar urgente.

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