Até os seis meses de vida, a indicação é a oferta somente de leite para os bebês – leite materno (pelo menos até os 2 anos de idade) e/ou formula infantil. Mas a partir do 6° mês de idade, é necessário introduzir novos alimentos. A regra principal é pensar que o objetivo final é o seu filho comer o mesmo prato da família, mas até a idade de 1 ano são feitas adaptações no cardápio familiar, que tem de ser bem saudável (e, no caso do bebê, sem sal). A recomendação é que os bebês comam verduras, frutas, leguminosas e cereais, e mesmo assim com a introdução gradativa e vigilância nas reações apresentadas. E há alguns alimentos proibidos ate 1 ano de idade e/ou até os 2 anos de idade.
Recentemente, a Sociedade Brasileira de Pediatria liberou a ingesta de peixes e ovos, que apesar de serem potencialmente alergênicos, possuem alto valor nutricional. Entretanto alguns outros mantem a proibição. E é sobre essa lista de proibidos que vamos conversar hoje.
Mel – O mel é um adoçante natural em substituição ao açúcar, que é tão prejudicial. No entanto, o mel pode provocar botulismo (doença causada por uma bactéria que libera toxinas no intestino podendo até levar à morte, dependendo da gravidade. Isso acontece porque a flora intestinal do bebê ainda não está completamente formada e fortalecida para combater os micro-organismos que contaminam os alimentos)
Açúcar – O açúcar também não deve fazer parte da rotina alimentar até a criança completar dois anos. Ele tem alto teor calórico, é pobre em nutrientes, e mascara o real sabor dos alimentos, tornando o paladar do bebê viciado. Sua ingesta pode causar excesso de adrenalina, e assim causar irritação, ansiedade, excitação e dificuldade de concentração. O ideal é que seja evitado até na fase adulta.
Sal – não deve entrar no preparo dos alimentos antes de completar o primeiro ano de vida pois pode sobrecarregar os rins, imaturos, predispondo a hipertensão arterial e doenças cardiovasculares na vida adulta. E a partir dos 12 meses, ele deve ser utilizado com moderação pois os próprios alimentos já contam com uma quantidade de sódio em sua composição
Suco – Mesmo os sucos naturais, sem adição de açúcar, não são recomendados pois quando preparados, eles perdem a parte mais importante da fruta que é a fibra. Assim, seu filho vai consumir apenas a frutose pura, ou seja, o açúcar da fruta, e isso em maior quantidade aumenta o risco de obesidade. Quando a fruta é consumida inteira, as fibras auxiliam no processo de digestão de gordura e da frutose. O ideal é oferecer somente água, além de leite materno e/ou formula infantil como oferta de líquidos
Leite de vaca – ele possui quantidades elevadas de proteínas o que pode agredir a mucosa intestinal do bebê, podendo causar alergias e anemia, além de sobrecarga renal por essas proteínas. Além de ter baixa disponibilidade de ferro
Frutos do mar e oleaginosas – Camarões, polvos, lulas e mexilhões devem ser evitados até 1 ano de idade pelo risco de alergias. Mas os peixes estão liberados e são recomendados por oferecerem boa quantidade de DHA, gordura que estimula o desenvolvimento cerebral. Evite também as oleaginosas, como nozes, castanhas, amêndoa, avelã, amendoim, pistache, devido ao risco de alergia alimentar.
Vale lembrar que doces, refrigerante, café, alimentos industrializados (biscoitos recheados, gelatina, suco de caixinha) devem ser evitados até pelo menos os 2 anos de idade. Os 2 primeiros anos de vida do bebê correspondem à fase de desenvolvimento do paladar, em que o bebê aprende a comer o que é oferecido, o que vai acabar se refletindo na alimentação da vida adulta, devendo-se oferecer uma alimentação mais natural possível para formar um adulto saudável.