A separação da mamãe e do bebê é um momento difícil para ambos, mas, em algum momento, ela precisa ocorrer . Então surge o dilema sobre o que seria melhor pro bebê. Creche ou babá? Qual seria o ideal? Do que um bebê realmente precisa? Alem da dúvida, tem a culpa de deixar o bebê, e a desinformação para a escolha certa.

No primeiro ano de vida seria ideal os pais estarem por perto, acompanhando os cuidados do bebê. Até 3 anos, o comportamento de apego é extremamente preponderante, o que teria a babá como uma melhor escolha. Esse bebê estará super sensível a todos os fatores como ambientes estranhos, pessoas estranhas, e irá requerer de forma emergencial estar na presença dos seus cuidadores principais. Criança criada com a figura de apego vai além. Criança apegada, se torna independente mais cedo por que quanto mais seguro o apego do cuidador, mais a criança está segura para explorar o mundo.

Mas a creche não é um problema em si. Muito pelo contrário, é uma rede de apoio. Para os que não podem, não conseguem, ou os que conseguem, mas já estão esgotados por não terem rede de apoio, sim, creche pode ser vista como rede de apoio. Pode servir como aquela ajuda que você não tem de lado nenhum.

Se você pesquisar, vai encontrar pessoas que são a favor de um e contra o outro, e vice-versa. Por isso, a escolha deve ser pessoal, levando em consideração as possibilidades e a situação do bebê e da família. No texto abaixo trago vantagens e desvantagens de cada um, para facilitar sua escolha.  

BABÁ

Vantagens: 

• A criança não precisa sair do conforto e segurança de casa e terá atenção exclusiva. Você poderá instruir a profissional a respeito da alimentação, dos horários, das brincadeiras, dos hábitos e de qualquer situação que exija atenção especial
• Em casa há menor exposição a doenças, chuva, frio
• Você não vai precisar deslocar-se para levar e buscar seu filho na creche. Ele não vai acordar muito cedo, ter que sair de casa nos dias mais frios  
• Você terá maior flexibilidade para reservar horários para ocasiões especiais.

Desvantagens:

• Costuma ser mais cara essa comodidade (tem que ter a carteira assinada, existem encargos a serem pagos, como o FGTS, férias, 13º salário e horas extras)
• Às vezes ela vai precisar faltar, terá férias ou pode precisar de licença-maternidade, e isso atrapalha a rotina e o planejamento da família
• A escolha não é fácil – a profissional precisa passar confiança e ter preparo para exercer essa função. O ideal é contratar alguém que tenha boas referências e experiência com crianças e possa acompanhar a rotina da família, pelo menos, um mês antes do seu retorno para o trabalho. Assim, o bebê e a mamãe já estarão mais confortáveis com a presença de outra pessoa na casa

CRECHE

Vantagens:

• Na creche há diversos profissionais preparados para lidar com os pequenos, o que deixa a mamãe mais tranquila por saber que existe uma equipe multiprofissional tomando conta do seu filho. Algumas contam até com educadores bilíngues para que o bebê já tenha contato com uma segunda língua desde muito pequeno.
• Nesse ambiente, ele se relacionará com outras pessoas, que vão estimular seu desenvolvimento social e cognitivo. É uma ótima opção para que ele entenda as rotinas e os horários de dormir, comer, brincar, aprender, etc.
• Há uma grande disponibilidade de brinquedos, brincadeiras e atividades que atendam à faixa etária do bebê, aumentando sua criatividade
• Costuma ser uma alternativa mais econômica que contratar uma babá que fique em casa cuidando da criança
• Há estabelecimentos que contam com um circuito interno de câmeras. Assim, digitando um login e uma senha, você é capaz de ver na tela do seu computador o que o seu bebê está fazendo.
• Você pode compartilhar opiniões e experiências com outros pais.
• Existem muitas instituições com berçários próprios, onde as mães podem deixar as crianças com segurança enquanto trabalham. Sem contar que na hora do almoço, pode passar um tempinho com o bebê.

Desvantagens:

• Você deverá tirar o bebê de casa diariamente e expô-lo a condições climáticas adversas.
• Apesar de contar com muitos profissionais, o berçário não tem um cuidador para cada criança, o que pode fazer com que algumas necessidades do seu filho não sejam atendidas imediatamente.
• Ele pode se sentir intimidado diante de um ambiente novo e tantas pessoas que não conhece, o que pode atrapalhar sua adaptação
• Como o ambiente é compartilhado com diversos bebês, é muito frequente as doenças contagiosas. E se ele adoecer, vai ter que ficar em casa.  
• Se o local não for perto da sua casa ou do trabalho, você vai gastar mais tempo (e dinheiro) com transporte.
• As creches também costumam entrar em férias. Quando isso acontece, é necessário programar-se para também ficar em casa ou contratar uma babá, durante esse período.

E SE O DEIXARMOS COM ALGUM PARENTE?

Essa pode ser uma solução temporária que pode tirar você do aperto se, por alguma razão, não conseguir encontrar uma creche ou babá, mas não é recomendável que se torne algo permanente pois por mais que uma avó, tia ou qualquer parente se ofereça, ficar encarregado do cuidado de um bebê exige dedicação total. Com o passar do tempo essas pessoas verão a sua rotina restrita, e é a partir daí que surgem os problemas. Além disso, a questão econômica será uma questão muito incômoda a ser discutida entre as partes.

O QUE DECIDIR?

A decisão é muito pessoal porque depende do perfil e dos hábitos da família. As duas opções têm prós e contras que devem ser avaliados com calma pelos pais. É preciso cautela, conhecer as pessoas (berçário e baba) e avaliar as finanças da casa para que a escolha seja a melhor possível. Além disso, devem ser levados em consideração os cuidados especiais que seu bebê precisa e quem poderá suprí-los. 

Independente da sua escolha, se a decisão vier por retorno ao trabalho, aumente a sua disponibilidade, sua presença quando estiverem juntos. Acorde mais cedo e dedique alguns minutos intensos. Chegue antes da criança estar dormindo. Não se ligue em rotina com horário fixo se isso significar filho na cama as 20:00 mas você chega às 20:30. E, se possível, evite o período integral se ele for muito pequeno. Lembre da fase do apego, insegurança. Permita a seu filho um melhor desenvolvimento psicológico.