Quando temos um pequeno em casa, cada descoberta e cuidado são super importantes, especialmente quando falamos de alimentação. Por isso, hoje vamos falar sobre um assunto que pode te deixar um pouco nervosa, mas que é essencial: o reflexo de gag e o engasgo em bebês, além da relação entre eles e a seletividade alimentar. Vamos lá desmistificar tudo isso!

O que é o reflexo de gag?

O reflexo de gag é uma resposta natural e vital do corpo do seu bebê para protegê-lo de engasgos. Localizado na parte posterior da garganta, esse reflexo é acionado sempre que algo toca essa área altamente sensível.

Imagine-o como um sistema de alarme interno, pronto para agir instantaneamente caso algo ameace obstruir a passagem adequada dos alimentos. Esse mecanismo de defesa é fundamental, especialmente ao iniciar a introdução de alimentos sólidos na dieta dos nossos pequenos.

Ele ajuda a garantir que qualquer alimento que entre na boca do bebê seja adequadamente manipulado e engolido, evitando que acabe no lugar errado, como na traqueia, o que poderia causar sérios problemas de saúde.

Se o seu bebê está apresentando o reflexo de gag, fique tranquila! Isso é normal e não precisa de intervenção. Ele vai tossir, fazer caretas, e é a forma dele de lidar com a novidade na boca. Mas se o engasgo acontecer, é hora de agir rápido, mas com calma.

Qual a diferença do reflexo de gag com o engasgo?

O engasgo é uma situação assustadora para os pais pois ocorre quando algo obstrui a passagem do ar, impedindo a respiração adequada. Pode acontecer com qualquer tipo de alimento, seja líquido, pastoso ou sólido, e é importante estar ciente dos sinais para agir rapidamente.

Os sinais de engasgo são:

  • tosses persistentes
  • dificuldade em respirar
  • sons estranhos ao respirar e uma expressão de aflição no rostinho do bebê
  • pele do rosto arroxeada
  • desmaio

Se você notar algum desses sinais, é essencial agir imediatamente.

Uma das técnicas mais importantes para lidar com o engasgo é a manobra de Heimlich. Para bebês com menos de um ano, a técnica é um pouco diferente da usada em adultos. Você deve segurar o bebê com firmeza, de bruços, com a cabeça um pouco mais baixa que o resto do corpo:

  • Colocar o bebê sobre a nossa perna ou antebraço. Virar a cabeça dele para baixo, segura a boca com um dedo até ficar meio aberta e fazer cinco “batidas” firmes com a palma da mão contra o dorso dele. Bater na costas.
  • Vire a criança para cima e observe se ela continua com dificuldades para respirar
  • Se ela continua com dificuldades para respirar, faça cinco compressões torácicas. Coloque dois dedos na linha entre os mamilos e empurre contra o tórax da criança por cinco vezes por cinco segundos.
  • Se ela não se recuperou, não está conseguindo respirar e a boca continua roxa, vire novamente para baixo, abre a boca e faço novamente a manobra de “batidas” nas costas

Lembrando sempre que é fundamental manter a calma nessas situações e, se necessário, chamar ajuda médica imediatamente. A prevenção é a melhor estratégia, por isso é importante conhecer os sinais de prontidão do bebê para introduzir os alimentos sólidos de forma segura e evitar situações de engasgo sempre que possível.

A importância dos sinais de prontidão

reflexo de gag

Antes de começar a introduzir alimentos sólidos na dieta do seu bebê, é super importante ficar de olho nos sinais de prontidão. Eles vão mostrar se o pequeno está pronto para dar esse passinho importante. Observar esses sinais ajuda a evitar o engasgo e torna a experiência mais tranquila para todos.

Os sinais de prontidão são:

  • Capacidade de sustentar a cabeça: O bebê consegue sustentar a cabeça de forma firme e estável, indicando um fortalecimento dos músculos do pescoço e do tronco.
  • Perda do reflexo de empurrar a língua: O bebê não empurra automaticamente a língua para fora quando algo é colocado na boca, o que facilita a manipulação e ingestão de alimentos sólidos.
  • Interesse na alimentação dos adultos: O bebê demonstra curiosidade e interesse quando observa os adultos comendo, mostrando uma vontade de participar das refeições familiares.
  • Habilidade de pegar objetos com as mãos: O bebê é capaz de segurar objetos com as mãos e levá-los à boca, demonstrando coordenação motora necessária para manipular alimentos.
  • Desenvolvimento da mastigação: O bebê já está mastigando ativamente, seja em brinquedos, chupetas ou outros objetos, preparando os músculos da boca para a transição para alimentos sólidos.

Relação entre reflexo de gag e seletividade alimentar

A relação entre o reflexo de gag e a seletividade alimentar é fascinante e crucial para entendermos o comportamento alimentar dos nossos pequenos. Quando um bebê tem uma experiência negativa com a comida, como engasgar ou mesmo apenas ter o reflexo de gag acionado com frequência, isso pode desencadear uma resposta de aversão a certos alimentos. Esse comportamento defensivo é uma forma natural de proteção do corpo do bebê, que associa a sensação desagradável com o alimento específico, resultando na recusa desse alimento no futuro.

Essa aversão pode levar a uma seletividade alimentar, onde o bebê prefere apenas alguns alimentos específicos, enquanto rejeita outros. É importante abordar essa seletividade com compreensão e paciência, oferecendo uma variedade de alimentos de forma gradual e respeitando as preferências individuais do bebê. Por exemplo, se o bebê teve uma experiência negativa com uma textura específica, como alimentos muito líquidos ou pastosos, ele pode desenvolver uma aversão a essas texturas e preferir alimentos mais sólidos.

Portanto, ao introduzir alimentos sólidos na dieta do seu bebê, é essencial criar um ambiente positivo e seguro, oferecendo uma variedade de alimentos de diferentes texturas, cores e sabores. Respeitar o ritmo e as preferências do bebê pode ajudar a minimizar a seletividade alimentar e promover uma relação saudável e feliz com a comida desde cedo. Lembre-se sempre de consultar o pediatra do seu bebê para orientações específicas sobre alimentação e desenvolvimento infantil.

QUEM É O MÉDICO PEDIATRA?

O pediatra é um médico especialista no cuidado de crianças desde o pré-natal até a idade de 21 anos. O pediatra deve ser procurado já durante a gravidez, no segundo trimestre da gestação, com o objetivo de melhor acompanhamento do desenvolvimento do bebê e criação de vínculo com a família.

Na consulta com pediatra a família é orientada sobre amamentação e cuidados do recém-nascido, crescimento e desenvolvimento neuromotor, ganho de peso, vacinação, sono infantil, alimentação infantil, agindo na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças nessa faixa etária. 

O objetivo do pediatra é garantir que as crianças desenvolvam todo o seu potencial e se tornem adultos independentes e capazes de decidir sobre seu futuro. Para isso, duranta a consulta com pediatra, o médico desenvolve junto aos pais estratégias e ações de prevenção e promoção de saúde, tendo em vista o bem-estar e qualidade de vida do paciente.

Dra Bruna de Paula atende em consultório próprio em Mata da Praia, Vitória – Espírito Santo. Acompanha crianças desde o nascimento até a adolescência e orienta famílias sobre os cuidados necessários para tornar as crianças adultos saudáveis e de sucesso pessoal e profissional. 

consulta com pediatra
Dra Bruna de Paula - Pediatra

Uma resposta

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